Conversei com Dr. Jessé Alves, infectologista e gerente médico de vacinas da GSK, uma das indústrias farmacêuticas líderes no mundo, sobre a importância da vacinação antes de viajar. Mas de quais vacinas estamos falando? Leia a entrevista e descubra!
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Planejar uma viagem envolve diversos tipos de pormenores, como checar se a documentação está em dia, separar roupas de acordo com a previsão do tempo, fazer reservas de passeios e tours, trocar o seu dinheiro pela moeda local etc. Mas o que muita gente se esquece é de verificar se a sua carteirinha de vacinação está em dia!
Segundo o Dr. Jessé Alves, embora a vacina contra febre amarela seja sempre a mais lembrada antes de viajar, devemos considerar o risco para hepatites A e B, febre tifóide, doença meningocócica, sarampo e várias outras doenças que podem estar controladas em nosso país, mas podem estar em pleno processo de circulação em outros países, ou mesmo dentro de diferentes regiões do Brasil.
Confira abaixo entrevista completa com Dr. Jessé Alves, infectologista e gerente médico de vacinas da GSK.
Tirando as vacinas que fazem parte do calendário nacional vacinal, quais as vacinas que a gente precisa ter na hora de viajar ou planejar as férias em família?
O momento da viagem é sempre uma ótima ocasião para se lembrar de atualizar a carteira de vacina. Cada membro da família, com idades diferentes, pode ter seu calendário mais ou menos atualizado. Em geral, os adultos não tinham durante a infância, as mesmas vacinas disponíveis que temos agora. Além disso, muitas vezes já perderam a documentação vacinal e vão precisar de atualizar as vacinas de rotina.
Antes da viagem, o profissional de saúde irá avaliar os antecedentes vacinais de cada pessoa, antecedentes de saúde e avaliar se, no roteiro de viagem, existem riscos específicos para a aquisição de doenças. Embora a vacina contra febre amarela seja sempre a mais lembrada antes de viajar, devemos considerar o risco para hepatites A e B, febre tifóide, doença meningocócica, sarampo e várias outras doenças que podem estar controladas em nosso país, mas podem estar em pleno processo de circulação em outros países, ou mesmo dentro de diferentes regiões do Brasil.
E em relação aos adultos que não têm mais a carteirinha de vacinação da infância? Quais os cuidados que eles devem ter em relação às vacinas?
Para os adultos que não têm mais sua documentação vacinal, o recomendado é vacinar-se de novo para as vacinas de rotina. Se a vacina for exigida para entrada em alguns países, como o caso da febre amarela, não há alternativa, será preciso fazer nova dose para que seja emitido o certificado internacional de vacinação. Neste momento, alguns cuidados devem ser lembrados, gestantes e portadores de doenças (ou em tratamentos) que possam gerar alterações do sistema imunológico, precisam de avaliação especial. As vacinas de vírus vivos são frequentemente contraindicadas nestes casos. As vacinas de vírus ou bactérias inativadas, ou seja, totalmente mortos, não representam risco nos indivíduos imunossuprimidos, mas a imunização pode não produzir anticorpos em níveis adequados.
O importante é sempre buscar a orientação do profissionais de saúde, preferencialmente, 4 semanas antes da viagem, pois as vacinas não produzem imunidade instantânea e, muitas vezes, necessitam de mais de uma dose para exercerem seu efeito protetor.
Sobre a GSK – Uma das indústrias farmacêuticas líderes no mundo. Para mais informações, visite www.gsk.com.br.
Vacinação obrigatória
Alguns países não apenas recomendam a vacinação contra a Febre Amarela, como exigem o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia – CIVP para entrar no país.
No portal da Anvisa é muito fácil pesquisar as vacinas obrigatórias de cada país. Basta clicar na aba “Exigências de Viagem” no Sistema de Emissão do CIVP e escolher o país de destino. Quando o destino aparecer na lista, clique em “detalhes”. Um exemplo que fiz para o Panamá:
Como tirar o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia – CIVP
Para solicitar o certificado internacional de vacinação contra a febre amarela, você precisa ter o certificado de vacinação. Em seguida, fazer um cadastro disponível em http://portal.anvisa.gov.br/certificado-internacional-de-vacinacao-ou-profilaxia
É possível fazer a emissão do certificado de modo presencial (no site é disponibilizado a lista de endereços das unidades emissoras de CIVP) ou fazer a emissão pela web (o prazo para emissão online é de até 10 dias úteis).
Na cidade de São Paulo, as unidades que emitem o CIVP são Aeroporto de Guarulhos, Hospital das Clínicas e Instituto Emílio Ribas.