Está claro que o mundo digital está cada vez mais presente na vida das nossas crianças, não está? Pode ser um pouco difícil para compreendermos e definirmos até onde a tecnologia pode entrar na vida dos pequenos, até porque na nossa época era tudo beeeeem diferente! Cada vez mais nos surpreendemos com a agilidade que nossos filhos têm com os tablets e celulares…minha filha, por exemplo (e tenho certeza que na sua casa não foi diferente), já tinha bastante habilidade com o touch da tela do meu celular antes mesmo de completar 1 ano.

Não sou do tipo de pessoa que supervaloriza o passado, vangloriando a infância que passou, como se fosse superior às demais épocas. Do tipo “Ohhh, quando eu era criança, só passava desenho de manhã nos canais abertos… eu não tinha tantos canais infantis à minha disposição”. Ou “Na minha época as crianças não ficavam jogando no celular… eu estava jogando bola, ralando o joelho, subindo em árvores”.
P.S. Importantíssimo frisar que sou super a favor do brincar livre! Criança tem sim que pular, correr, se sujar, subir em árvores, brincar de faz de conta. Mas também existe a tecnologia que está aí no nosso dia a dia o tempo todo. Não adianta falar que não deixa o(a) filho(a) jogar videogame enquanto você está com o celular na mão o tempo todo conectado em alguma rede social.
Eu acho que cada criança tem a infância pertinente a cada época. O que a nossa avó fazia quando criança era diferente do que a nossa mãe fazia, que era diferente do que nós fazíamos e que, sim, também era diferente do que os nossos filhos vivem atualmente. A não ser que você seja um “amish”, temos que aceitar a evolução. Eu sei que é difícil! Um ótimo exemplo: a gente viu a internet nascer… A gente tinha internet discada!! O que os nossos filhos estão vivendo hoje em termos de tecnologia tem uma discrepância enooorme do que vimos há 20 anos… E ó que nem é muito tempo assim! (Só para esclarecer, sou de 1978).
Eu acabei me prolongando muito na introdução deste post…. Me empolguei hihihi. É que não é de hoje que tenho visto várias escolas de programação para crianças! E estou achando o máximo essa inovação! Uma criança aprendendo a programar um game! Gente!!! Eu, que sou de humanas (hahah), entendo zero desse universo e acho que quem consegue desenvolver um aplicativo ou um game é gênio. Mas não é assim…Ninguém nasce um gênio da computação, já diria Barack Obama!
Em 2013, o presidente norte-americano Barack Obama fez um discurso enaltecendo o aprendizado da programação pelos jovens após o curso Ciências das Computação ser incluído na grade curricular das escolas americanas. Ele disse: “Não apenas compre um videogame… Faça um. Não apenas baixe um app… Ajude a projetar. Não apenas jogue no celular… Programe! Ninguém nasce um gênio da computação. Mas com um pouco de esforço, matemática e ciências, qualquer um pode se transformar”
Escolas de programação de games e apps para crianças
Guto Ramos, um dos fundadores da startup Let’s Code Academy explica que em sua escola os cursos são apropriados para crianças e adolescentes com diferentes níveis de conhecimento. Em sua escola, os dois primeiros módulos do nível kids, por exemplo, são para crianças de 6 a 8 anos sem experiência em programação. “Nós queremos ajudar a pensar e criar o futuro”, afirma Guto Ramos. As crianças aprendem desde a lógica básica da programação até o desenvolvimento de seus próprios games e apps, prontos para serem vendidos em lojas digitais.
O empresário lembra que saber programar amplia os horizontes da criança: “A programação desenvolve o raciocínio lógico, ajuda a resolver problemas e pode ser útil inclusive para matérias escolares, como a matemática”.
Outra escola que une criatividade e tecnologia digital é a DragonByte, para crianças de 7 a 14 anos. Lá tem cursos de game design (com o mote de “criar é mais divertido que jogar” – o que eu achei bárbaro), animação 3D, vídeo e animação (onde criam seus próprios vídeos planejando a história, o roteiro, a filmagem, a edição e finalização das imagens), entre outros. O mais recente curso da DragonByte é a oficina Treinamento Pokemon Go! aos sábados e feriados.
Na busca por cursos de tecnologia e programação, encontrei a Super Geeks, considerada a primeira escola de programação e robótica do país para crianças a partir de 7 anos. Além de aprenderem a criar seus próprios games, aplicativos, robôs e sistemas, na Super Geek também é possível ir além e fazer um curso de empreendedorismo digital!
OI???
Haha é isso mesmo, gente! Ali o jovem vai aprender sobre o mercado de games, sobre canais de distribuição e divulgação etc. “Os alunos são incentivados a criar suas próprias startups, sozinhos ou em grupo, e lançarem seus produtos no mercado, seja ele um game, um aplicativo, uma aplicação web, um hardware, ou qualquer outro tipo de produto tecnológico”, informa o site da escola. “Com o passar das fases, os alunos terão contato com conceitos de marketing, vendas, direito, contábil, MVP, RH, Canvas, entre outros conceitos extremamente importantes para qualquer empreendedor e futuro empresário. E claro, tudo isso de uma forma muito divertida”.
Bom, vou ser bem sincera… não sei o que pensar sobre isso (rs). Ainda estou digerindo esse curso de empreendedorismo for kids… Eu só vim passar a informação pra vocês hahah
Hoje eu visualizo meus filhos com 7 anos fazendo aula de teatro, parkour, futebol, dança, línguas, sei lá, mas empreendedorismo aos 7 anos? Hummm, não sei. Mas também posso estar sendo super antiquada e equivocada, pois meus filhos são piticos e ainda não chegaram nessa fase (eu bem que falei no início do post que é difícil a gente aceitar totalmente a evolução dos tempos)!
Acho que se meus filhos, quando tiverem com 7,8 anos, ficarem muito naquela fase de só se interessarem por videogame ou por joguinhos no tablet, vou dar de Obama (como mãe, serei um pouco menos delicada) e falar: “ah é, quer jogar videogame o dia todo? Então vai estudar e aprender a fazer seu próprio jogo!”.
Bom, na verdade a gente tem que pensar “puxa que bom que hoje existem esses cursos para crianças”, porque tudo depende do perfil e interesse da pessoa. Nem toda criança gosta de futebol, judô e ballet! E isso, na nossa época, não existia (que pena)!